terça-feira, 27 de dezembro de 2011
UMA ROSA
Da airosa rosa o perfume sutil
Tocou-me o peito, e um nó na garganta.
Oh deuses! Porque o teste ferrenho?
Se nunca encontrei a rosa que beija estrelas
Agora no ocaso, mo dás como dádiva.
Acalento a rosa como quem tece o rosário,
Em suaves contas por entre meus dedos.
Oh deuses! Porque o teste ferrenho?
Se a vós pedi por uma vida inteira uma única rosa, sem nunca te-la
Agora mo dão e nem digna sou da rosa.
O orvalho dela me lavou muitos anos de alma ferida.
De qualquer forma, oh deuses que testam os viventes
Sou grata pela estrela, pela rosa e pela redenção
Que seu perfume me trouxe.
De outras esferas ... de outras esferas...
Me chega a rosa, e eu despreparada
Nem digna sou da rosa.
Cira Munhoz
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