terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ONDE ENTERRO MEUS TESOUROS

Onde enterro meus tesouros?

A frase ribomba em minha mente: o amigo se foi...
Como se consegue “perder” um amigo? Amigos são tesouros que se enterra no solo do coraçã0... è ali que devo procurar. Talvez haja um X enorme pintando em vermelho, um uma pedrinha bem colocada marcando o lugar.
Certa vez pensei: meu coração é um baú cheio de tesouros. Descubro que me enganei. Não é um baú. É uma mina cravejada das mais diversas preciosidades. Por toda parte onde olho o brilho destes se faz notar.
Mas há pedras preciosissimas totalmente descoloridas, sem brilho e sem cor, sem viço, como se fossem urdidas entre as paredes. Elas estão ali. Mas apagadas. Ainda que ocupem o mesmo lugar parecem nem estar ali.
Loucura ou lucidez? Frieza ou temperança? Ah... que desalento essa desesperança do amigo que se foi mas deixando marcado o seu lugar como se algum dia fosse voltar.
Amigos não se vão, nunca. Amigo não se perde. Apenas não levam a nossa amizade. Ficam retidos em nós sem nos levar em conta.
Pessoas fogem apenas do que não gostam. Amigos amam e se colocam ao lado.
Percebo que não se perde amigos. Se perde pessoas.
Sem bandeira ou sobrenome, sem endereço certo, pessoas se vão.
Amigos sempre deixam rastros para que possamos encontrá-los.
Eu sei onde enterro meus tesouros. Sinalizo sempre o local com uma tintura amorosa porque me são caros. Meus tesouros... o brilho de cada um deles faz a soma das cores que iluminam meu coração, quase um farol que me mostra sempre o local certinho dentro do peito onde enterrei meus tesouros.
Cira polindo as pedras preciosas em sua vida.

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