Para viver o amor!
Para viver o amor é preciso que se renuncie a ele.
É preciso deixar que ele ande por todo o mundo como uma borboleta que não escolhe as flores a que beija.
Como reter o amor se volátil ele não se prende nem se deixa prender.
Amor-desapego.
Durante a noite, abriu os olhos e deu com os olhos do amado.
Estavas a me olhar? Porque não dormes?
Para não correr o risco de não sonhar contigo. Acordado te tenho sempre comigo.
Novamente ela dormiu sob os olhos de seu amado. Dormiu para não mais acordar.
Amanheceu e anoiteceu mil noites, e a amada não acordava.
Ela se fora não obstante os olhares e zelo do amado. Ela se foi. O que restou? Somente o amor.
O apego continuou ainda por muitas noites e dias a olhar a amada.
Enquanto isso o amor volitava com ela borboleteando pelo infinito.
Cira Munhoz
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