sábado, 7 de janeiro de 2012

SILENCIO

SILENCIO

Minha alma se recolhe em silencio.
Um silencio espectante que paradoxalmente grita.
E seu eco reverbera como se somente eu pudesse ouvir.
Um silencio que busca a eterna busca de um reencontrar impossível.
O que buscará meu silencio? O que ansiará minha alma silente e rota?
Será o portal que liberta das ilusões terrenas? Ou a quimera da paz possível?
Será ela o medo de sair daqui sem ter feito o possível que deveria ter feito e não fiz?
Oh alma! tolhida e amarrada por um corpo que não te obedece, ao contrário te enfraquece...
O que vim pra fazer e ainda não fiz? Reconheço que nada fiz! Uma missão inteira por cumprir.
Terá tempo, oh alma que clama por feitos possíveis? Terá tempo oh mente que volita entre humanejar e espiritualizar? Não sei. Só sei que o silencio que cai sobre minha alma como um véu, faz alarde como as cortinas de um grande teatro que abrem ainda uma vez antes que o artista - tempo possa escrever: Fim.
Minha alma se recolhe em silencio. Meu coração emudece para ouvi-la.
E o eco desse silencio somente me diz: trabalha, cumpre, segue, atua, antes que o silencio sele teus lábios e teus olhos se fechem para esse mundo.
Cira WonMunhoz-  espectante, silente e rota.

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