sábado, 7 de janeiro de 2012

ENTRE A CRUZ E A ESPADA?... ABRAÇO A CRUZ!

ENTRE A CRUZ E A ESPADA?...ABRAÇO A CRUZ


Em nome da lucidez mataram o amor. Em nome da ideologia arcaica abandonaram a Cruz e levantaram a espada!
Se somos anjos, deuses, porque trazer entre as asas a lancinante argumentação do fio da espada? Por que usamos escudos?
Como nos atrevemos a ficarmos chocados diante de homens bombas que enterram-se junto a suas convicções, quando na calada alma executamos nosso irmão por uma simples...convicção?
onde está o crescimento a que nos predispomos? Até quando iremos LUTAR pela PAZ? Pior que mãos armadas são corações cheios de munição.
Quem são os lúcidos nesta Terra? Os abastecidos de conhecimentos ou os aprendizes?
Quero uma vida de Luz, aos pés da Cruz, o lava pés, o olhar perdido na imensidão do céu e a alma com rumo certo.
O que é paz afinal? Será o silêncio dos lábios enquanto o coração sangra? O que é a conciliação, a con-fraternização, a cristianização, se os lábios se selam, os corações se lacram em nome da lucidez e evolução?
Que conceitos tenho eu afinal que não se coadunam com a atualidade já que acredito na paz, acredito no irmão que retorna, acredito no meu voltar atrás, para me permitir ser perdoada pela espada que levantei, pela lucidez que não usei, pelo amor que não amei?
Nunca tive uma espada; no máximo um arco e flecha tupiniquim, mal feito e mal acabado e não aprendi a usa-lo. Prefiro mãos que plantam a mãos que batem. Prefiro bocas que silenciam a cornetas que esbravejam.
Mas quem sou eu afinal? Nada. Apenas um objeto transpassado pela espada. Um objeto vão e inútil, sem validade. Que importa isso... sou pó. E se lágrimas tenho são balsamo que farão de mim o barro: moldável, palpável e possível.
O amor, ferido de morte ainda olha para mim e seus olhos são tão ternos e seus lábios ainda dizem as ultimas palavras num sussurrar:
não pense que morri, sou imortal!
Uso roupagens várias mas em qualquer situação serei sempre o velho e antigo amor, aquele que o Cristo trouxe. Não morra nas ondas da lucidez, não permita que a espada perfure teu cORAÇÃO.
O amor, ferido de morte me olha e sorri. Aos poucos a lucidez se afasta; desisto da lucidez cruel e analítica. Em seu lugar a temperança. E a esperança de que jamais esquecerei a Cruz. Me levanto e a empunho
( a Cruz) ainda que não mereça sequer tocá-la. Tomo-a como minha e sigo em paz.
Esta, observa meu peito transpassado e atando minhas mãos ao amor me diz: aproveite enquanto está de joelho e eleve os olhos. Lá na imensidão a Cruz vence a espada porque só há lucidez no Filho. Ele é o teu caminho.
Cira Won Munhoz- direitos reservados

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